Ele me ensinou aos quatro anos de idade a diferença entre rir e sorrir...
Foi num dia de suas travessuras em que ele resolveu pegar um livro meu na estante e começar a folhear distraidamente. Nem estava prestando atenção no que fazia, pegou por pegar(pra brincar) Então eu disse a ele pra colocar o livro de volta no lugar, que ele ia acabar desmarcando a página onde eu havia parado a leitura.Não deu outra. Acabei de falar e pronto.Já estava o marcador caido no chão.Eu fiquei brava e dei-lhe uma bronca e ele me retribuiu com o que para mim era um riso Então eu disse séria que não era pra rir.Foi quando ele me respondeu ainda com aquele rostinho todo iluminado: "Vovó eu não estou rindo.Eu estou sorrindo." Aí eu perguntei ainda brava: E qual a diferença? Ao que ele respondeu: Rir é quando a gente acha uma coisa engraçada e sorrir é quando a gente tá feliz!! Ah... eu não sei se nessa hora eu ri, ou se eu sorri. Só sei que ele me desarmou...
Pra começar eu deveria estar tomando uma xícara de café bem quentinho ao invés desse copo de coca-cola gelado.Acordei gripada hoje.
Ta frio aqui e entra um ventinho nada agradável pela janela da cozinha onde estou agora. Uma janela de vidro, grande. Gosto de sentar aqui perto dela onde fica a mesa que fazemos nossas refeições. A visão que tenho lá de fora é ampla. Dá pra ver um bom pedaço de céu, algum verde e passarinhos que vêm se empoleirar nos fios, nos ferros da cobertura da área de serviço. No mais. muitas casas, construindo,construídas e aquelas que nunca serão terminadas...(estão do mesmo jeito há anos...). O céu está todo cinza. Bem, na verdade há um pedacinho de azul aqui do lado esquerdo, mas é pouco, pra se esperar por um dia de sol. Vim em busca de inspiração. Ficaria feliz em escrever um poema hoje. Mas... sei não. Vou rabiscando aqui essas palavras enquanto meus olhos não se desviam desssas roupas penduradas no varal, atrapalhando em parte a minha visão, tirando a minha concentração. Até que eu poderia escrever um poema sobre roupas que balançam ao vento. Mas por hora, só vejo roupas penduradas no varal. Ponto!! Se bem que é interessante esse bailado, esse vai e vem de uma e outra... É... mas não quero escrever um poema falando de roupas que bailam ao vento, enquanto os pássaros cantam lá em cima da cobertura e ao fundo, o barulho de água caindo na caixa dágua. Que poema sem-graça seria esse. Aquela amarílis linda da cor do sol, no vaso em cima do muro, poderia fazer parte de um verso, e quem sabe, ele ficaria mais poético... E tudo isso debaixo desse céu cinza.Ah... e daquele pedacinho de azul... Não, definitivamente não seria um bom poema. Mas que vento, pássaros, água e roupas (que bailam ao vento) daria um belo poema nas mãos de um poeta com talento... ah daria sim... De meu fica então essa crônica só pra passar o tempo... regina ragazzi
Um dia perfeito porque não esperei nada e nada aconteceu Só vivi. Vi a aurora despontar e a tarde ir embora e fiquei aqui pensando como é bom viver assim, um dia comum aqui dentro do meu ninho tendo tudo que preciso tendo todos que amo Um dia que deixei de lado os meus questionamentos os meus avessos e fui eu tempo inteiro (desarmada e sem amarras) Alma leve, coração aberto. Final de noite. Durmo em paz...